Foi no início de agosto que, a propósito das 7 grandes séries de televisão que estavam mesmo quase a chegar, demos conta do buzz pouco normal de que "The Romanoffs" estava a ser alvo. A série ainda estava longe de estrear mas isso não impediu que a crítica internacional não estivesse ansiosa para poder deitar às mãos aos primeiros episódios de uma produção que prometia trazer de volta o brilhantismo a que o criador Matthew Weiner já tinha habituado os fãs em "Mad Men" e "Os Sopranos".

Agora, dois meses depois e com mais informações disponíveis, a MAGG diz-lhe porque é que está toda a gente a falar de "The Romanoffs", qual a história que pretende contar, e por que é que o criador e responsável pela produção decidiu escrever o nome da família real russa com dois "f" em vez de Romanov.

Que história vai ser contada e em que formato?

A nova série vai passar-se nos tempos atuais, em pleno século XXI, e vai apresentar um estilo antológico muito semelhante ao que foi feito em "The Terror". Isto significa que a cada episódio vão ser mostradas novas personagens e novas problemáticas, ainda que a premissa base se mantenha a mesma.

"The Romanoffs" vai acompanhar a vida de várias personagens que acreditam verdadeiramente que são descendentes da família real russa, que foi executada em 1918.

Por que é que faz sentido falar disto?

Apesar de a família real russa ter sido executada em 1918 pelos bolcheviques em plena Revolução Russa, a verdade é que tal só foi confirmado pelo regime soviético em meados de 1926 que sempre quis manter em segredo todos os detalhes em redor do desaparecimento da família Romanov. Só em 1989 é que foram encontrados vestígios de ADN de alguns membros da família real, o que depressa levou à criação de várias teorias da conspiração — como a possibilidade remota de o imperador Nicolau e Anastácia, sua filha, terem sobrevivido ao ataque.

O mito que se criou em redor do assassinato foi tal, que ainda hoje são várias as pessoas que vão surgindo em público completamente convictos de que são descendentes da família real russa. Segundo Matthew Weiner, criador de "Mad Men" e responsável pelo argumento de alguns episódios de "Os Sopranos", o nome da série é escrito de forma diferente porque "reflete não só a pronúncia, mas a forma como o nome da família real era dito."

Em entrevista à revista "Variety", o criador revela também que a série mostra como estamos numa altura em que as pessoas procuram ativamente encontrar as suas raízes e uma qualquer revelação sobre aquilo que são. "Há ainda um grande debate sobre quem poderá ser um Romanov ou sobre o que aconteceu à família real russa. Esta história é, para mim, muito mais do que isso e assenta na necessidade de nos questionarmos sobre quem somos e sobre quem dizemos que somos."

Quando estreia?

A estreia está marcada já para esta sexta-feira, 12 de outubro, e vai contar com oito episódios semanais. Apesar de não se saber se, em Portugal, algum canal irá comprar os direitos para a transmissão da série, os fãs portugueses poderão assistir a "The Romanoffs" através da Amazon Prime — o serviço de vídeo em streaming da Amazon.

Mas porque é que está toda a gente a falar de "The Romanoffs"?

As expetativas têm estado muito elevadas e a crítica internacional já se desfaz em elogios à nova produção do criador de outros êxitos de televisão. Exemplo disso é o "Washington Post" que diz que a série é um exemplo claro de que como fazer "boa televisão num formato antológico."

Grande parte do interesse pela crítica decorre, essencialmente, da capacidade de Weiner criar narrativas cativantes e surpreendentes para um elenco de luxo, com vários nomes conhecidos como Christina Hendricks (“Ginger & Rosa”) e John Slattery (“O Caso Spotlight”), conhecidos pelos seus papéis em “Mad Men”, bem como Isabelle Huppert (“Ela”), Aaron Ekchart (“O Cavaleiro das Trevas”) e Diane Lane (“Infiel”).

A verdade é que a primeira temporada ainda nem vai a meio e o criador já lança a hipótese, em entrevista à revista "Vanity Fair", de vir a existir uma segunda temporada. Esta estratégia parece revelar a confiança do criador e da Amazon que pretende, assim, aliciar mais e novos clientes que à partida teriam interesse nos restantes serviços concorrentes, como a Netflix ou a Hulu.

As coisas MAGGníficas da vida!

Siga a MAGG nas redes sociais.

Não é o MAGG, é a MAGG.

Siga a MAGG nas redes sociais.