Se a série "O Sexo e a Cidade" fosse rodada nos dias de hoje, talvez se tivessem de alterar alguns pormenores da narrativa: ao invés da história girar em torno de quatro amigas na busca incessante pela relação da vida delas, deveria ser sobre quatro mulheres felizes por estarem solteiras. "Single is a Terrible Thing to Waste" é a nova campanha do Tinder, a conhecida aplicação de encontros, em que se desliza para a direita quando se gosta e para a esquerda quando não se gosta do pretendente que aparece no ecrã. A valorização de uma vida sem compromissos amorosos não foi um tema escolhido ao acaso pela app. É fruto das conclusões de um novo estudo que concluiu que os millenials preferem não estar comprometidos.

Publicado no blogue do Tinder e conduzido pela Morar HPI, a investigação questionou 1000 pessoas solteiras entre os 18 e os 25 anos, de forma a perceber que posições mantinham relativamente a encontros amorosos e a uma vida sem compromissos.

A independência poderá ser um dos fatores mais valorizados por esta geração. 72% das pessoas inquiridas revelou que tinha escolhido, de forma consciente, estar descomprometido durante um determinado período de tempo. 81% concordou que estar solteiro os beneficiava mais do que estar numa relação, porque sentem que há mais espaço para se dedicarem ao trabalho, às amizades e ao bem-estar pessoal.

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As mulheres, no geral, parecem preferir viver concentradas nas suas vidas, tanto que 25% afirmaram sentir-se mais poderosas por não estarem numa relação. Nos homens foi diferente: apenas 17% partilhou desta sensação. Em simultâneo, 62% das mulheres revela ter decidido conscientemente estar solteira, de forma a dedicar-se apenas à sua vida. Nos homens, o número correspondente foi de apenas 47%. 47% das mulheres revelou querer estar descomprometida para se dedicar aos estudos.

Por último, segundo os mesmos jovens, parece que é mais agradável conviver com pessoas solteiras: 55% dos inquiridos considerou mais divertido estar junto de indivíduos descomprometidos, muito porque estão mais abertos a experiências. O medo de estar numa relação aborrecida e monótona é real: 39% das pessoas questionadas admitiram que este era um fator que os assustava.