A incidência de cancro em Portugal tem aumentado 3 a 4% por ano. De acordo com a Liga Portuguesa Contra o Cancro, são detetados todos os anos cerca de seis mil novos casos de cancro da mama em Portugal, sendo que, anualmente, 1500 mulheres morrem desta doença .

A idade, a etnia e uma história familiar em que já existam casos são fatores de risco inevitáveis, que não dependem das ações das mulheres. Mas há hábitos que aumentam a possibilidade de vir a desenvolver esta doença e que podem ser evitados. Um estudo publicado na JAMA Oncology demonstrou que mulheres com propensão genética para desenvolver o cancro da mama podem reduzir as probabilidades de o virem a contrarir se adotarem ou evitarem determinadas comportamentos. Mostramos-lhe cinco, comprovados pela ciência.

Inatividade física

A Liga Portuguesa Contra o Cancro diz que “mulheres que são fisicamente inactivas, durante a sua vida, parecem ter um risco aumentado para cancro da mama”. Um estudo revelou que 40% dos cancros estão relacionados com excesso de peso e obesidade, o que demonstra a importância do desporto — que também fortalece o sistema imunitário e reduz a inflamação do organismo — para a prevenção desta doença. Uma investigação de 2015 da JAMA Oncology mostrou que 300 minutos de atividade física por semana é o tempo ideal para prevenir o cancro da mama.

Bebidas alcoólicas

O álcool já foi associado a vários tipos de cancro, incluindo o da mama. “Alguns estudos sugerem haver relação entre a maior ingestão de bebidas alcoólicas e o risco aumentado de ter cancro da mama”, lê-se no site da Liga Portuguesa Contra o Cancro. Entre as investigações, está uma de 2015 que sugere que só uma bebida por dia é capaz de aumentar a probabilidade de desenvolver esta doença em 13%. A ciência já reuniu tantos resultados que comprovaram a relação entre o álcool e o cancro que investigadores publicaram no The Lancet um documento que incentiva as pessoas a deixarem de consumir qualquer tipo de bebida alcoólica, apoiados pelo American Heart Association e o American Cancer Association.

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Fumar

Um estudo, publicado em 2017 na revista Breast Cancer, associou o tabaco a vários tipos de cancro (incluindo o da mama), havendo risco acrescido de desenvolver a doença para quem tenha começado a fumar ainda novo. A explicação está relacionada com o efeito que os cigarros têm nas hormonas, numa altura em que as mamas estão em desenvolvimento.

Terapêutica hormonal de substituição

“Mulheres que seguem uma terapêutica hormonal para a menopausa (apenas com estrogénios ou estrogénios e progesterona), durante 5 ou mais anos após a menopausa parecem, também, apresentar maior possibilidade de desenvolver cancro da mama”, alerta a Sociedade Portuguesa Contra o Cancro. Um estudo de 2016 publicado na American Cancer Society veio demonstrar isto, considerando que as vantagens desta terapêutica não suplantam este perigo.

Mais fibra, menos gordura

Apesar de a ciência afirmar que o consumo de gorduras (saudáveis) é capaz de aumentar a longevidade, parece haver, por outro lado, evidências contrárias: um estudo da Jama Oncology notou que mulheres que seguiam dietas com poucas gorduras e mais ricas em fibra tinham menos 22% de probabilidade de morrer de cancro da mama. Embora os cientistas não tenham ainda conseguido encontrar o motivo por que o consumo de gorduras aumenta o risco desta doença, notaram que dietas com valores mais baixos deste nutriente estão ligadas a pesos e dietas mais saudáveis. Outro estudo, publicado na BMJ, mostrou que as mulheres que comiam cerca de três porções de frutas ricas em fibra na adolescência tinham menos 25% de probabilidade de desenvolver cancro da mama em idade adulta.

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