É uma tarefa fácil de saltar. Afinal, continuam brancos, confortáveis e, aparentemente, limpos. Só que a verdade é outra: nas forças do comodismo e da preguiça, os lençóis (e, sobretudo, quem se deita por cima deles) poderão ser muito bem aqueles que mais saem prejudicados.

Em entrevista ao “Business Insider”, um cientista garantiu que é mesmo importante que os lençóis sejam mudados e lavados todas as semanas. Quanto mais tempo esperar, mais estes se vão parecer com um “jardim botânico”, disse Philip Tierno, da New York University, autor de um estudo publicado no Journal of Allergy and Clinical Immunology, à cerca dos agentes alergénicos potencialmente presentes nos quartos.

De acordo com o mesmo investigador, só as almofadas serão capazes de alojar 16 tipos de fungos diferentes — portanto, imagine o resto. Fruto da estadia destes pequenos e microscópicos visitantes, podem surgir algumas condições desconfortáveis, sobretudo as que se relacionam com alergias.

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Mas como é que isto acontece? Estas comunidades surgem da junção das substâncias libertadas pelo corpo (transpiração, cuspo, entre outras coisas), com pólen, pó ou fibras de algodão e são potenciadas pelo facto de mantermos os lençóis quentes e húmidos quando dormimos neles. A este contexto, os cientistas dão o nome de “meio de cultura fúngica ideal”.

Tendo em conta a quantidade de tempo que passamos enrolados nos lençóis, a combinação de tudo isto poderá criar reações alérgicas — mesmo para quem não costuma ter problemas deste tipo — com sintomas como espirros ou um fungar constante no nariz.

No espaço de uma semana, este jardim botânico é capaz de crescer exponencialmente. Portanto, quando estiver prestes a ceder à preguiça, imagine as bactérias e fungos que dançam debaixo do seu nariz, enquanto dorme. Se não acredita, recorra a um microscópico.