Na maioria, os filmes são considerados polémicos quando contêm cenas de sexo, sacrilégio, violência extrema ou gratuita ou usam linguagem pesada que possa ferir a suscetibilidade dos espetadores. Alguns dos 10 filmes mais polémicos de sempre foram até considerados por padres e ministros da Cultura como inapropriados para passar em cinemas ou televisões. Independentemente da maneira pejorativa como são vistos, alguns chegaram a ganhar Óscares ou até a ser reconhecidos como os melhores filmes de sempre.

Entre vários sites de filmes e cultura, a MAGG reuniu uma lista de 10 filmes que foram considerados como os mais polémicos e as suas razões.

A Laranja Mecânica (1971)

Em 1972, esta grande peça cinematográfica realizada por Stanley Kubrick foi classificado nos Estados Unidos com a categoria "X", ou seja, aconselhável a ser visto apenas por pessoas com idades superiores a 21 anos. Para ser alterado para poder ter uma audiência alargada até jovens com idades superiores a 15 anos, o realizador teve de remover 30 segundos de duas cenas sexualmente explícitas. Os DVD originais vendidos em todo o mundo ainda contêm a versão original sem cortes.

Último tango em Paris (1972)

Mesmo depois das criticas positivas que recebeu em França após ter sido exibido nos cinemas, Último Tango em Paris gerou uma controvérsia gigante, tanto sobre o que passava no ecrã como o que foi criado fora dele. As imagens gráficas da cena de violação foram muito discutidas na altura, por serem violentas. Mais tarde, o realizador revelou não ter contado a Maria Schneider uma parte do que aconteceria nas gravações dessa tal cena. O ator que contracenava com ela, usaria manteiga como lubrificador para violar a sua personagem e o facto de ela, atriz, não saber o que se passaria na cena faria com que a sua reação não fosse a de uma atriz, mas sim a de uma mulher humilhada, o que daria muito mais naturalidade e realismo. Logo na altura, bem como antes de morrer, em 2011, Maria Shneider admitiu que nunca consentiu isto, até porque não teria de ser obrigada a fazer algo que não estava no guião.

Salò ou Os 120 Dias de Sodoma (1975)

Considerado o filme mais controverso de todos os tempos, tem cenas de sexo e violência física e psicológica que poucos conseguem ver. Uma história sobre o rapto de nove adolescentes por quatro libertinos no decorrer da Segunda Guerra Mundial, onde estes abusam deles mental e sexualmente. O filme gerou uma polémica gigante em torno de toda a sua história e logo após o seu lançamento foi proibido em vários países até aos dias de hoje.

Holocausto Canibal (1980)

Desde o dia em que Holocausto Canibal estreou nos cinemas que foi alvo de censura por ativistas morais e dos animais. Além de sangue, o filme contém várias cenas de violência sexual e contra animais. Foi banido em mais de 50 países e muitas pessoas acharam que as mortes vistas no filme teriam sido reais, como a do homem empalado. O realizador negou-o sempre, mas confirmou que as cenas da morte de animais são reais. Ao todo, surgem no filme seis mortes de animais, mas na verdade foram sete os que foram executados em frente à câmara, porque houve uma cena de uma morte de um macaco que teve de ser repetida. Imensos ativistas dos direitos dos animais caíram sobre o realizador e a sua imoralidade.

Instinto Fatal (1992)

Muitos se lembram do flash de virilha de Sharon Stone, mas o thriller do realizador Paul Verhoeven (escrito por Joe Eszterhas em apenas 13 dias) criou uma grande polémica em torno da sua sexualidade explícita e representação gráfica da violência. Nas primeiras gravações, o filme teve protestos por parte de ativistas dos direitos do homossexuais que afirmam que o filme seguia padrões de representação negativa de pessoas que tem atrações pelo mesmo sexo. Na noite de lançamento do filme, membros do LABIA (grupo de ativista lésbico e bissexual), protestaram contra o filme e chegaram a levar cartazes para a antestreia com frases como "Hollywood promove a violência contra homossexuais" e "Foi a personagem bissexual que matou. Não gastem o dinheiro no cinema".

Cães Danados (1992)

Quem conhece os filmes de Quentin Tarantino, sabe que a maior parte tem cenas de violência fortes. Cães Danados foi um dos mais falados pela cena de tortura onde Sr. Blonde corta a orelha a um policia, amarrado a uma cadeira. Isto foi o suficiente para que o filme fosse listado para maiores de 18 anos e banido no Reino Unido. De acordo com o estudo da BBFC, a personagem principal do filme mostra distúrbios psicológicos com que o espetador não é convidado a identificar-se.

A Lista de Schindler (1993)

O filme é baseado em fatos reais e que gerou uma grande polémica quando foi lançado, em 1993, devido às cenas de violência extrema, palavrões e nudez frontal. Na Alemanha, o filme foi visto como uma obra importante e que retrata bem a história, de modo que não poderia ter intervalo, sequer. Nas Filipinas, foram mandadas cortar três cenas de sexo. Na Eslováquia, a cena onde as mulheres confundem uma câmara de gás com chuveiros foi imediatamente retirada antes de passar o filme nos cinemas. Em Israel, a música de abertura e do final foi substituída por ser considerada um hino informal da vitória da Guerra dos Seis Dias.

Irreversível (2002)

Quando o filme estreou, em 2003, a audiência estava preparadas para o tipo de drama controverso. Um ano depois, quando foi apresentado pela primeira vez no festival de Cannes, provou ser tão chocante como se esperava, e levou mesmo muitas pessoas a abandonarem as salas de cinema. Quinze anos depois, ainda gera polémica quanto a várias cenas de violência e sexo. As piores são a cena de abertura num bar gay, onde aparece um homem com o braço virado para trás e outro com o crânio esmagado por um extintor, até à cena de violação mais conhecida do cinema, que ocupa nove minutos seguidos do filme.

A Paixão de Cristo (2004)

Apesar das críticas, que dizem que o realizador acrescentou deliberadamente relatos históricos falsos ao filme, alguns historiados defendem que o filme não está preocupado com a exatidão da história. Antes de estrear, foi apresentado ao Papa João Paulo II, que não pôs em causa nenhuma cena do filme, pois não é uma prática comum um Santo Padre expressar opiniões públicas sobre obras artísticas. Mel Gibson, realizador do filme, foi ainda acusado de antissemitismo, onde no diálogo da personagem de Caifás é proferida a frase: "O sangue dele está em nós e nos nossos filhos". Estas palavras são historicamente interpretada por alguns como uma maldição tomada pelo povo judaico. Isto levou a que um grupo de judeus pedisse que esta frase fosse removida do filme, contudo apenas as legendas foram retiradas. O filme foi ainda apontado com tempo excessivo de cenas de violência e tortura a Jesus.

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