É a casa das Francesinhas, e há quem se atreva a dizer que não tem a luz de Lisboa. E, de facto, não tem. O que o Porto tem é uma luz própria e um encanto misterioso que só ele sabe ter. A par disto tudo, também há muita coisa bonita para ver.

Se está de férias, mas não vai sair da cidade, não pense em ficar em casa. O Porto é para ser vivido na rua (sobretudo ao ar livre), mas nós temos todo o tipo de sugestões para lhe dar, quer lhe apeteça apanhar ar, ou proteger-se do calor.

Atravessar o rio

O Douro separa o Porto e Vila Nova de Gaia. Mas há seis pontes a unir estas duas cidades, e muitas maneiras de ir de uma à outra. Tantas, que não vale (mesmo) a pena ir a nado. O que temos para lhe sugerir é que atravesse a Ponte D. Luís I a pé, ou que apanhe uma Rabela.

Ponte D. Luís I 

Férias no Porto. O que fazer? Sugestões para aproveitar a cidade

É um clássico, nós sabemos. Ainda assim, é um dos que vale a pena repetir. Para ir do Porto a Gaia, o ideal é que atravesse a ponte pelo tabuleiro superior e que leve consigo algum tempo livre e uma máquina fotográfica (ou um telemóvel). Vai precisar de tudo. A ponte, só por si, já é um bom cenário, mas o que está por trás consegue ser ainda melhor, seja qual for o lado para que se vire. De um, o Porto, do outro, Vila Nova de Gaia, onde vale a pena ir ao mosteiro da Serra do Pilar e ver a vista. Maravilhoso.

Rabelas

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Os barcos rabelos são um um tipo de embarcação portuguesa, que foi utilizada, em tempos, para transportar o Vinho do Porto desde a região das vinhas (Alto Douro), até ao sítio onde era armazenado (em Gaia). Atualmente, servem para outro tipo de transporte.

Os Rabelas são táxis fluviais que partem do Porto (da Ribeira), e de Gaia (do Cais), e são uma ótima maneira de atravessar o rio Douro. Saem a cada 15 minutos (a partir das 10h00, até ao sol se pôr) e demoram cerca de cinco minutos a chegar à outra margem. Quantos aos preços, as crianças até aos quatro anos não pagam, crianças entre os quatro e os dez anos pagam 1€ e os adultos, 3€.

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Miradouros

Miradouro dos Grilos

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Este miradouro fica junto à Igreja e Colégio de São Lourenço, mais conhecida por Igreja dos Grilos, e é daí que vem o seu nome. A vista é composta de Douro e de casario, para a Baixa do Porto.

Passeio das Virtudes

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É um jardim e um miradouro que fica no centro histórico do Porto, nos terrenos da antiga Companhia Hortícola Portuense. Podia ser igual a todos os outros, mas está numa zona alta da cidade, e faz-se descendo a encosta em socalcos. Por isso, é um jardim vertical, e consegue ter vistas incríveis de todos os pontos. De lá, vê-se a Alfândega do Porto, o rio, e Gaia. É também no Jardim das Virtudes que se pode encontrar um exemplar de uma espécie que sobreviveu à bomba de Hiroshima – a Ginkgo Biloba – que, no caso, é a maior de Portugal (com 35 metros de altura).

Porto Bridge Climb

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A Ponte da Arrábida foi inaugurada em 1963, como uma alternativa às pontes que já existiam para ligar as duas margens do Douro e que, na altura, ainda eram só duas: a Ponte Maria Pia, e a famosa Ponte D. Luís I. Nessa data, tinha o maior arco em betão do mundo. Desde 2016, é possível visitar o arco e desfrutar da vista a 65 metros de altitude. Para lá chegar, só tem de subir 262 degraus (mas é tudo feito em segurança). Quanto aos preços, uma a quatro pessoas pagam 15€ cada, se o grupo tiver mais do que cinco pessoas o preço desce para 13€.

Sé do Porto

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A Sé é um emblema da cidade do Porto que merece ser visitado. Para além do seu interior, tem um terreiro que é um ótimo miradouro.

Serra do Pilar

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É o miradouro de umas das músicas de Rui Veloso, mas melhor do que ouvir, só mesmo ver. A Serra do Pilar fica em Gaia, e é o spot perfeito para ir depois de atravessar a Ponte D. Luís I a pé. O que se vê é o rio, e precisamente o oposto de tudo o que vimos até agora: o "velho casario" do Porto.

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Torre dos Clérigos

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É quase impossível fugir à Torre dos Clérigos, que salta à vista no skyline do Porto, e que tem uma recompensa para quem se atreve a subi-la. São 225 degraus de coragem (e em caracol) para o  Porto mais panorâmico de todos e, como sempre, de cortar a respiração. Para além do miradouro, no topo da torre, há para ver nos Clérigos a igreja e o museu. E sim, vale tudo a pena. O valor da entrada são 5€, e pode visitar os Clérigos todos os dias, entre as 9h00 e as 19h00. Até 7 de outubro, há visitas noturnas (até às 23h00). E já que ali está aproveite e visite a famosa livraria Lello e a sua mítica escadaria vermelha. O bilhete custa 5€ e pode descontar o valor num livro que comprar.

Parques e jardins

Jardim do Cálem

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Fica perto da foz do Douro e é um local indicado para aproveitar o pôr do sol. Tem uma vista privilegiada para o rio e para a Afurada e até tem um observatório de aves. O que também tem são muitas árvores: choupos negros e plátanos (que se estendem até aos Jardins do Passeio Alegre). No Jardim do Cálem vai tambem encontrar um monumento de homenagem à conquista de Ceuta (1415).

Jardim do Passeio Alegre

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Foi construído no final do século XIX pelo mesmo arquiteto que projetou os Jardins do Palácio de Cristal – o alemão Émile David. Fica na zona da foz do Douro, tem o chafariz de granito do Convento de S. Francisco e os dois obeliscos de Nicolau Nasoni que vieram da Quinta Prelada. Também integra um clube de minigolfe e e um chalet que agora funciona como café, mas que já lá estava antes de o jardim ser construído. Mas a grande atração deste jardim são mesmo as casas de banho – foram construídas em 1910, numa altura em que as classes burguesas do Porto frequentavam o Passeio Alegre para banhos na foz do Rio Douro, e têm o chão e as paredes decorados com azulejos e mosaicos do estilo Arte Nova.

Jardins do Palácio de Cristal

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Estes jardins ocupam uma boa parte do centro da cidade e são (também) um excelente miradouro. Ou vários, porque há várias varandas sobre o Douro, espalhadas pelas muitas zonas do jardim. Vê-se o rio e a cidade em modo panorâmico. Foram pensados para envolver o palácio que lhes deu o nome — o Palácio de Cristal — que já não está lá desde 1950, quando foi substituído pelo mais tarde chamado Pavilhão Rosa Mota.

Tem várias áreas, e são todas bonitas, mas em destaque estará a Avenida das Tílias, onde se encontram a maioria dos miradouros, uma biblioteca, uma concha acústica e uma capela. Depois, há vários jardins: um com o nome do arquiteto que os projetou (Émile David), um dedicado às plantas aromáticas, outro às plantas medicinais, e até há um Jardim dos Sentimentos.

Parque da Cidade

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Este parque é muita coisa: é o "pulmão" do Porto e o maior parque urbano do País. Como se não bastasse, é conhecido cá dentro e lá fora por ser palco do festival NOS Primavera Sound. Tem cerca de 83 hectares, começa na Avenida da Boavista e acaba já no Atlântico. Pode correr, caminhar, fazer um piquenique, ou simplesmente descansar. São dez quilómetros para isso tudo. Depois, há recantos incríveis, lagos, e árvores suficientes para o fazer esquecer que está no meio da cidade. O que também está no Parque da Cidade é um dos pavilhões da Expo 98, que foi desmontado no final da exposição em Lisboa, e levado para o Porto – o Pavilhão da Água.

Parque de Nova Sintra

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Era o jardim da quinta de uma família britânica, mas foi adquirido pela Câmara Municipal do Porto e hoje serve de sede às Águas do Porto. Tem uma grande diversidade botânica e algumas espécies raras. Há alguns recantos tão românticos, que podem fazer lembrar os dos Jardins do Palácio de Cristal. Para além da extensa diversidade de plantas, também é poiso de várias fontes e chafarizes que se mudaram de vários pontos da cidade para lá.Para além disto, tem uma bela vista sobre a praia do Areinho, em Gaia.

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Serralves

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Serralves dispensa apresentações. O seu jardim é só mais uma das atrações da fundação, que também tem um museu e a casa de Serralves. São 18 hectares cheios de recantos e com várias áreas (jardins, matas e uma quinta), para descobrir a pé, e até há vários percursos recomendados pela Fundação. O que vai encontrar são cerca de 230 espécies de plantas diferentes, das mais exóticas às mais raras, e ainda se pode cruzar com morcegos, várias aves, alguns répteis e muitas borboletas.

O Museu de Arte Contemporânea, e a Casa de Serralves estão integrados na paisagem de forma exímia (no caso do museu, por conta do famoso arquiteto Álvaro Siza Vieira), e valem a pena visitar. Na casa de Serralves, vai fazer uma viagem no tempo até 1930. Em Serralves, ao domingo (até as 13h00) a entrada é gratuita. Nos restantes dias, a entrada é de 10€ (mas há descontos). As crianças até aos 12 anos não pagam nada. E já que está na zona da Boavista, aproxime-se da rotunda e visite a emblemática Casa da Música em que o programa Verão na Casa lhe oferece várias oportunidades de escutar alguns concertos grátis, dois dos quais encerrarão o programa na Avenida dos Aliados no início de Setembro.

Passeios a pé

Quarteirão das artes

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A rua Miguel Bombarda é o centro artístico do Porto, e ganhou o nome de quarteirão das artes pelas várias galerias que lá se instalaram. Também é la que há um centro comercial virado para as artes, com lojas e marcas alternativas, diferentes da oferta dos restantes espaços comerciais. Fora do centro comercial Miguel Bombarda, também há lojas onde vai poder encontrar várias peças de roupa exclusivas e algumas coleções limitadas.

McDonald's dos Aliados

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Pode, e deve passear pela Avenida dos Aliados, mas o que não pode mesmo perder é aquele que é um dos espaços mais bonitos da marca de fast food. Ou talvez o mais bonito, segundo algumas opiniões no TripAdvisor. Este McDonald's fica onde funcionava, nos anos 30, o Café Imperial e conseguiu manter a traça do edifício original e vale pela sua beleza e valor histórico

Rua das Flores

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É uma alternativa à movimentada Rua de Santa Catarina, e pode dar um passeio mais calmo. Não tem tantas lojas como a outra, mas está cheia de história: é lá que está a igreja da Misericórdia do Porto (que tem uma das fachadas mais emblemáticas do Porto), e outros edifícios de grande valor histórico.

Rua de Santa Catarina

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Nesta rua abriu a primeira Zara em Portugal. Para além disso, há muitas outras lojas para ver, um centro comercial, e o Café Majestic, que lhe pode valer uma quantidade razoável de boas fotografias. É uma das ruas mais movimentadas do Porto, e conhecida de quase todos.

Caves do vinho do Porto

O Porto está para as Francesinhas como Lisboa está para os Pastéis de Belém. Mas há (pelo menos) mais uma tradição que não passa despercebida: a do vinho do Porto. Por isso, tem mesmo de visitar uma das muitas caves espalhadas por Gaia, e fazer uma prova de vinho. É uma questão de prioridades.

Taylor's

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Na cave da Taylor's, a história do vinho do Porto é contada aos visitantes por um áudio-guia (disponível em vários idiomas). Ao longo da visita (que dura em média uma hora) há filmes, fotografias, pinturas e material documental. Pode prolongar o tempo da visita, mas para isso é aconselhável que a inicie antes das 16h. E claro que há uma prova de vinhos, para a qual estão reservados 30 minutos. Quanto aos preços, os adultos pagam 15€, e as crianças (a partir dos oito anos) pagam 6€. Como não podem provar o vinho, os miúdos recebem um sumo de uva e bolachas.

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Sandeman

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Não há quem não lhe conheça, pelo menos, uma coisa: o logotipo. O Don é uma silhueta altamente dramática, que aparece nas garrafas da marca desde 1935 e que marca presença nas visitas: todos os guias vestem uma capa negra e usam sombrero espanhol. Mas a marca não se fica só pelo vinho do Porto: também produzem xerez, brandy e vinho da Madeira. Quantos às caves, há diferentes preços para as diferentes visitas, e vão dos 12€ aos 40€.

Magic Tour

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Podia ser uma tour num comboio turístico, igual a todas as outras. Mas não é. Este comboio passeia pelo Porto, por Gaia, e inclui a visita a uma das caves de vinho do Porto (com direito a prova): a Real Companhia Velha que é a empresa mais antiga de vinhos em Portugal. Neste comboio, crianças dos quatro aos 12 anos pagam 5€, e os adultos pagam 10€.

Monumentos

Estação de São Bento

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Mais do que uma estação de comboios, São Bento é um dos monumentos principais da cidade do Porto. Vale pela beleza do edifício (de influência francesa) e, sobretudo,  pelos painéis de azulejos que forram o átrio principal, numa superfície total de cerca de 551 metros quadrados, e que representam cenas da vida no Norte do país.

Igreja de Santo Ildefonso

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Mesmo quem não é dado a igrejas vai ter dificuldade em ficar indiferente a esta. Esteve em ruínas até 1730, quando começou a ser reconstruída, para ser dedicada a Santo Ildefonso de Toledo. A fachada está forrada de azulejos da autoria de Jorge Colaço, toda em azul e branco e é isso que a torna tão bonita. Fica na Praça da Batalha, por isso o conselho é o de que não saia da zona sem provar um dos famosos cachorrinhos.

Palácio da Bolsa

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O Palácio da Bolsa começou a ser construído em 1842, altura em que o encerramento da Casa da Bolsa do Comércio obrigou os comerciantes a reunirem-se ao ar livre. A biblioteca do edifício não pode ser visitada, mas há muitas salas para ver. Nesta altura do ano, pode visitar o Palácio da Bolsa entre as 9h00 e as 18h30. As visitas são obrigatoriamente guiadas, as crianças com menos de 12 anos não pagam e a entrada normal custa 9€.

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