Há os que querem perder peso e, por isso, enchem o cesto de compras de ovos, aveia e snacks integrais. Há também aqueles que, ou por terem um metabolismo abençoado ou simplesmente porque não querem sequer ouvir falar da palavra dieta, tiram da prateleira do supermercado coisas como arroz, massa e carne e deixam espaço para um ou outro doce. Ali pelo meio existem os que querem apenas levar uma vida mais saudável, oscilando entre os verdes e uma sobremesa, ainda que talvez neste cabaz não caiba o açúcar, mas sim umas tâmaras para adoçar.

Seja qual for a dieta ou o regime alimentar a seguir, não há quem não fuja ao inevitável: fazer compras. Os que abominam a ideia de um supermercado com demasiada oferta, música alta e filas intermináveis para pagar já se renderam às facilidades das compras online. Mesmo assim são poucos. Mais concretamente, por cada mil euros gastos em artigos para o lar, só oito euros são comprados online, segundo os resultados da quinta edição do estudo Marcas+Consumidores.

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Mas há quem queira reverter esta situação e ver crescer os números de vendas online e, principalmente, assegurar que a lista de compras é feita de forma equilibrada, sem excessos e com os produtos mais adequados a cada um. É exatamente com este mote que nasce a ProdTo, uma empresa que disponibiliza, através de um site, listas de compras com diferentes características, para que o consumidor possa escolher qual a melhor para si.

Jay Wong é um americano que adotou Portugal como casa há nove anos e que assumiu como missão aproximar os consumidores de quem produz. "Funcionamos como uma espécie de intermediários, numa rede onde se une quem consome, quem produz e também quem pode ajudar a equilibrar esta relação", explica, referindo-se neste caso aos chefs e nutricionistas que também fazem parte do ProTo.

A ideia é que o consumidor, ao aceder ao site, tenha disponíveis várias listas de compras, sempre associadas a receitas. Damos um exemplo: se escolhermos a lista feita pela nutricionista Ágata Roquete (63,71€), temos acesso a oito receitas de refeições e snacks feitas com ingredientes pensados para uma dieta de controlo de peso. Ao clicar numa delas, a de beringela recheada por exemplo, sabemos que cada dose fica a 2,77€ e que no cabaz estarão as quantidades necessárias para duas. A essa receita junta-se ainda a de arroz de frango e vegetais, papas de aveia, crackers, bacalhau com grão, vegetais no wok e snacks de fruta, iogurte e frutos secos.

Já a lista da chef e stylist Joana Limão, adepta de uma comida saudável e à base de vegetais, custa 67,10€ e tem disponíveis cinco receitas. Uma delas, a de smothie para pequeno-almoço, leva sementes cânhamo, manga, limão, hortelã, pepino, gengibre, curgete e espinafre, tudo enviado nas doses certas para que seja preciso apenas juntar tudo e triturar.

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Os amantes de comida tradicional também não foram esquecidos. Existe uma lista (69,10€) de onde constam receitas como ovos verdes, bacalhau com maionese de lima, lasanha de vegetais ou bife à café.

"A ideia é que a lista de compras seja feita de forma inteligente, sem excessos, e de maneira a dar resposta às refeições necessárias para os dias seguintes", explica Jay. Além disso, tem a certeza que os produtos são de proximidade. Ainda que agora consigam garantir que 22 dos 27 produtores sejam nacionais, num futuro próximo não só essa garantia vai ser a 100%, como os consumidores vão ter a hipótese de escolher ingredientes de produtores das redondezas. "Na minha cabeça não faz sentido que, havendo os mesmos produtos a meia dúzia de quilómetros, os vamos buscar ao outro lado do mundo", admite Jay.

Atualmente, e ainda numa fase inicial, a encomenda tem que ser feita até domingo para receber na quinta-feira seguinte. Mas o futuro da ProdTo está cheio de novos desafios: não só será possível fazer encomendas noutros dias da semana, como o número de listas vai aumentar. "Vamos ter listas para quem quer produtos sem glúten, mais listas para vegetarianos, ou até para quem quer produtos que não venham de uma distância superior a cem quilómetros, por exemplo", explica Jay, "vamos ser o verdadeiro Spotify da comida".

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