As grandes janelas deixavam entrar pouca luz. A sala era escura e as cadeiras também. O ambiente fazia crer que espiões e políticos se reuniam ali para discutir assuntos secretos, que ninguém podia ouvir, caso contrário teriam de morrer.

O Saraiva’s, um dos restaurantes emblemáticos de Lisboa, junto ao Parque Eduardo VII, está diferente. Reabriu no final de maio com um novo conceito, muito mais luminoso, mas que fez questão de guardar alguns vestígios do anterior. Manteve-se o painel junto ao balcão à entrada, onde os clientes são convidados a sentarem-se numa das cadeiras altas. Mantiveram-se alguns dos candeeiros de época, dos anos 70. E ainda algumas das ideias da carta, que foram renovadas pelo chef Gonçalo Costa, o mesmo do restaurante Tágide, no Chiado.

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Este é um espaço descontraído, numa localização mais vocacionada para portugueses. As pessoas entram, sentam-se onde querem, picam se quiser picar, comem um prato principal se quiser comer um prato principal”, diz à MAGG Suzana Barros de Brito, a proprietária.

Apesar de “mais prático” e “para o dia-a-dia”, a decoração, a cargo da arquiteta Teresa Monteverde, está longe de ter sido descurada. Com um total de 75 lugares sentados, o verde vivo dos azulejos é a cor predominante do espaço, que mistura diferentes elementos, desde o carvalho natural, o mármore de Lioz ou ainda o couro e veludo.

Há mesas baixas e outras mais altas, junto às janelas que passam a estar completamente descobertas e que iluminam a sala. Nas paredes há composições de pratos Bordallo Pinheiro e nos tetos tanto se veem os candeeiros do antigo Saraiva’s, como outros mais modernos. A pensar na passagem do chef pelo Brasil, a nova versão do restaurante tem ainda alguns apontamentos alusivos a este país, como no papel de parede com palmeiras na sala privada (com 16 lugares) ou em almofadas com temas mais tropicais.

As propostas na carta respeitam o conceito tranquilo e informal do espaço, contando tanto com opções mais leves para quem não quer prejudicar a linha, como outras para os bons garfos.

O couvert inclui pasta de alho francês, flat bread e focaccia (1,8€). Se pretender uma refeição rápida, que dispense talheres, há, por exemplo, taco tártaro de salmão (5,5€) ou focaccia de rosbife com creme de cornichons (5,2€).

Assim como no antigo Saraiva’s, na nova versão do espaço mantém-se, nas entradas, o camarão salteado, mas agora com um toque diferente e mais exótico, atribuído pelo abacaxi e coco (6,8€). Há ainda salada de quinoa, abacate, tomate e mozarela (5,5€) ou tataki de atum com rúcula e molho teriaki (6,5€). Se vai petiscar, não deixe de provar os ovos rotos (5€).

Se quer um prato só para si, então sugerimos o bife à Saraiva’s outro clássico reinventado pelo chef (17€). Se prefere peixe, também vai encontrar opções, como corvina (12€), pregado (13€) ou lulas recheadas (12€). Para terminar, experimente a nova versão do crepe Suzete com laranja do Algarve (6,5€).

O Saraiva’s tem ainda o menu Sugestão do Dia, que inclui sopa, prato principal, bebida a copo e café, por 14,80€, e uma esplanada no exterior.

Horário
Almoço: 12h30 às 15h00
Jantar: 19h30 às 24h00
Encerra ao Domingo

Morada: R. Eng. Canto Resende 3, 1050-104 Lisboa
Contacto: 21 340 40 10

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