Andrew Fierlit e Donna Fierlit conheceram-se num baile da igreja. Ele aproximou-se e pediu-lhe uma pastilha elástica, ela disse-lhe para se pôr a andar. Apesar de a primeira troca de palavras ter sido pouco simpática, algo mudou naquele dia. "Eu disse-lhe que ia casar com ela, e ela respondeu-me: 'Não, não vais'", recordou à CNN Andrew Fierlit.

Estava errada. Cinco anos depois de se conhecerem, casaram-se. Já lá vão 58 anos de casamento, quatro filhos, 12 netos e uma promessa feita por Andrew Fierlit que perdura até hoje: aproveitar a vida ao máximo.

Donna Fierlit tinha 45 anos quando sofreu um aneurisma cerebral

"Ela tinha 45 anos quando sofreu um aneurisma cerebral", conta Andrew Fierlit ao canal norte-americano News 8. "A primeira avaliação médica foi colocá-la num lar de idosos, mas não ia fazer isso. Disse-lhes que nós íamos ter uma vida normal."

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Só que Andrew Fierlit e Donna Fierlit tiveram muito mais do que uma vida normal. Decidido a fazer a mulher aproveitar o melhor da vida, Andrew marcou um cruzeiro para as Bermudas. Foi há 27 anos. Desde então, já visitaram mais de 20 países em todos os sete continentes.

Desde o diagnóstico, já viajaram pelos sete continentes

Não é fácil viajar com alguém de cadeira de rodas. Durante uma viagem pela Europa, o casal norte-americano teve de viajar na zona de carga de um comboio, uma vez que o meio de transporte não tinha outra forma de levar uma cadeira de rodas. Numa zona rural da Austrália, o aeroporto não tinha rampas. Na Irlanda, um quarto de hotel era supostamente acessível mas a cadeira de rodas não passava na porta.

Nem sempre foi fácil viajar de cadeira de rodas — numa zona rural na Austrália o aeroporto não tinha rampas

Nem sempre é fácil. Mas Andrew Fierlit e Donna Fierlit procuram desvalorizar todos os contratempos. O importante é que a Mary Orgulhosa, como foi carinhosamente apelidada a cadeira de rodas de Donna, continua a rolar pela estrada. Graças à determinação de Donna, claro, mas também à do marido. "Eu sinto que ele me ama mesmo", disse a norte-americana à CNN. "Que ele faria qualquer coisa por mim."

Atualmente, Donna sofre com perdas de memória a curto prazo. É totalmente dependente do marido, mas os planos continuam a ser viajar. "Eu prometi-lhe que iríamos arranjar uma maneira de tirar o melhor partido possível da vida", conta Andrew à CNN. E assim foi.

As poupanças já estão em baixo, mas o casal tem esperança de continuar a viajar

As poupanças já estão em baixo, mas o casal ainda tem esperança de que, com um bocadinho de generosidade, talvez consigam chegar em breve à Escandinávia. "Um passinho de cada vez. É esse o objetivo: viver, desfrutar da vida."

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