Se antes se preocupava em encontrar sapatos produzidos apenas a partir de materiais sustentáveis, com produtos que não contém quaisquer químicos e processos que envolvam dor animal, mas que fossem bonitos e dignos de uma saída à noite ou de um jantar, pode parar de procurar. A MAGG dá-lhe a conhecer a nova marca portuguesa de sapatos vegana: Ballüta.

Uma marca de calçado que, além de se preocupar com moda e com mulheres, preocupa-se com a sustentabilidade ambiental dos materiais que utiliza nos seus sapatos. Vegana e produzida em Portugal, em empresas familiares, utiliza apenas têxteis produzidos na europa. Apresentou na quinta-feira, dia 3 de Maio, a sua primeira coleção: l-a-n-d Collection, uma coleção primavera/verão que faz um apelo à natureza e permite responder às necessidades de uma mulher contemporânea, tanto de sapatos mais desportivos, para o dia-a-dia, como também para momentos especiais de celebração.

Pode comprar qualquer um dos seus sete modelos no site Ballüta Shoes, a partir de sexta-feira, 4 de Maio, ou a partir de dia 10 de Maio em exclusivo na loja física Nude Fashion Store, em Lisboa. Os preços variam entre os 290 e os 390 euros.

Catarina Pedroso é a cara por trás dos sapatos: proprietária e diretora criativa, é licenciada em pintura pela Faculdade de Belas Artes. Já tinha trabalhado como maquilhadora e gestora de marcas de maquilhagem mas, quando o marido a desafiou a criar uma marca de sapatos vegana decidiu tirar um curso de Design de Calçado e aprofundar o tema.

Para Catarina, ser vegana "significa estar cada vez mais atenta a tudo o que se consome, tanto na alimentação, como no vestuário e no calçado, e tentar contribuir para um mundo mais justo e sustentável." Criada numa família com tradições tauromáquicas, decidiu que um dia ia lutar pelos direitos dos animais. Assim sendo, vegetariana há já alguns anos, tinha "a preocupação de usar roupa e sapatos sustentáveis". Além disso, não encontrava nada no mercado que a satisfizesse e tinha a vontade de voltar a desenvolver o seu lado criativo. Assim, e por todas estas razões, nasceu a marca.

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A preocupação da sustentabilidade ambiental e proteção dos animais em todo o processo de fabrico fez com que a seleção dos materiais fosse altamente criteriosa: "Apenas foram escolhidas peles veganas (feitas a partir de poliamida reciclada, sem solventes), têxteis produzidos na Europa e metais sem níquel. Todos os outros materiais da marca, como as caixas de sapatos e os cartões de visita, são igualmente feitos a partir de papel reciclado." Afirma Catarina que, assim, justifica os preços: "Os materiais que usamos são materiais de topo e também a produção é toda manual, feita com trabalhadores nacionais numa fábrica high end de São João da Madeira".

Fruto de um intenso e longo processo de aprendizagem e auto-descoberta, a criação da marca trouxe ao de cima a formação artística de Catarina e fê-la "procurar um conceito forte, que fizesse sentido e não deixasse 'pontas soltas'". "Foi também um processo de autodescoberta e um desafio no sentido de materializar aquilo que, para mim, eram sentimentos: algo muito natural e senso comum, como o respeito pelos animais, a sensação de urgência em todas as questões ligadas à sustentabilidade e a importância e valor do trabalho", explica.

O nome Ballüta surge da origem arcaica da palavra bolota. Para Catarina foi uma escolha quase óbvia: por ter passado muito tempo da sua infância e adolescência numa quinta de família, já tinha o amor à natureza. "Na verdade, bolota, sendo o fruto do sobreiro, que é para nós o exemplo perfeito de sustentabilidade, foi a nossa primeira escolha de nome." O toque internacional do nome veio do desejo de apostar na comercialização além fronteiras: "A internacionalização é algo em que queremos apostar, pois o mercado de moda vegan é muito forte em países como a Alemanha, França e Inglaterra."

A sua primeira coleção procura criar propostas "cool e contemporâneas". Quanto à marca, Catarina afirma que vai seguir sempre a mesma linha de pensamento: "Não diria que cada colecção terá um estilo porque aquilo que pretendemos é, precisamente, oferecer vários estilos dentro duma mesma colecção para que a nossa cliente encontre opções para todas as situações da sua vida quotidiana: desde um jantar com amigos, a uma reunião de trabalho, ou um passeio descontraído ao fim-de-semana."

Já a sua coleção de lançamento de primavera/verão, l-a-n-d Collection, foi "inspirada em memórias de um dia quente de verão no campo e personifica o desejo de evasão da cidade e de respirar o ar puro de horizontes sem fim. As texturas, os tons terra e o solo ressequido pelo sol materializaram-se em superfícies orgânicas como o padrão entrelaçado, 100% feito à mão, os saltos em madeira e os tecidos de toque suave."

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