Vai ter saudades daqueles lugares apertadinhos quase sem espaço para as pernas. Porquê? Porque pelo menos vai sentado. Durante a Aircraft Interiors Expo, que decorreu de 14 a 16 de abril, uma companhia italiana de design divulgou um modelo de avião onde os passageiros vão praticamente de pé. Com a maior proximidade entre os bancos do Skyrider 2.0, a Aviointeriors Group vai conseguir encaixar mais 20% de pessoas nos aviões.

Desenhado para voos de curta duração, o novo modelo de avião não é na verdade assim tão novo — o que explica o facto de ser uma versão 2.0. A primeira vez que foi apresentado ao público foi em 2010. Apesar de ter tido muita publicidade, o projeto nunca foi para a frente. Agora, apareceu remodelado, com novas cores (azul e amarelo), 50% mais leves do que é habitual e com maior capacidade de amortecimento.

Então e os bancos estão mesmo muito juntos uns dos outros? Bem, sim. Para ter um termo de comparação, a distância entre assentos na Ryanair é de 76 a 86 centímetros, da easyJet 78 centímetros e da Vueling 73 a 76. Neste novo modelo são 58 centímetros.

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Os prós e contras do Skyrider 2.0

Não é possível baixar as costas dos bancos, não há mesas de bandeja e as malas têm de ser arrumadas todas por cima dos passageiros — obviamente, não há espaço para arrumar nada em baixo. Ainda assim é provável que os armários tenham de ser mais pequenos. De acordo com os regulamentos de segurança deve haver uma certa distância entre o teto e as cabeças dos passageiros, distância essa que o Skyrider pretende encurtar.

Então e é assim tão desconfortável? O autor do blogue norte-americano The Points Guy, JT Genter, esteve dez minutos sentado no banco e disse que a experiência não é tão má como parece. Ainda assim, continua a estar numa posição menos confortável do que o normal.

Não é tão mau como parece, disse autor do blogueThe Points Guy, JT Genter.

Só que isso pode significar bilhetes mais baratos. Se há mais passageiros por avião, vendem-se mais bilhetes, se se vendem mais bilhetes a companhia tem mais lucro, se a companhia tem mais lucro pode, à partida, baixar os preços. Em relação às medidas de segurança, ainda não é percetível se esta posição dos bancos vai acelerar ou retardar a evacuação do avião em caso de emergência. Ainda assim, e por uma questão de lógica, se o passageiro está de pé talvez seja mais rápido.

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Isto pode mesmo ir para a frente?

De acordo com a Aviointeriors Group, sim. "Estamos convencidos da sua utilização nos aviões, talvez não já, mas acreditamos que pode ser definitivamente uma configuração na qual os voos de curta distância se vão mover", explicou ao "The Telegraph" um representante da empresa.

Em junho passado, a VivaColombia revelou estar interessada no conceito. "Há pessoas a pesquisar se podem voar de pé", disse ao "The Telegraph" o fundador e CEO William Shaw. "Estamos interessados ​​em qualquer coisa que torne as viagens mais baratas".

Quem não parece achar muita piada à ideia é a Autoridade de Aviação Civil, que afirma que há muitos obstáculos nos voos em pé. "A menos que eles possam torná-lo 100% seguro, não será viável", disse Richard Taylor, porta-voz da Autoridade de Aviação Civil.

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