Está a trabalhar. O telefone apita. Uma amiga partilhou a fotografia que o Facebook a relembrou que tiraram há exatamente cinco anos naquela viagem incrível à Tailândia. Logo a seguir, acorda um dos grupos de Whatsapp que nunca-se-cala. Pelo meio, alguém responde a uma das suas histórias no Instagram. Depois, uma amiga que a marca num gif. No chat do Facebook, a mãe fala sobre dúvidas tecnológicas. E o pai relembra-a pela milésima vez para não se esquecer de ir à Emel porque o dístico está a chegar ao fim. Cansada? Nós também.

Vivemos no mundo frenético dos apitos. Segundo uma investigação realizada pela Duke University, nos Estados Unidos, uma pessoa recebe, em média, entre 65 a 80 notificações por dia — apesar de consultar o telefone com mais frequência. E, de acordo com outro estudo, sempre que somos interrompidos por um destes alertas, demoramos cerca de 25 minutos a retomar a concentração.

O objetivo do estudo, coordenado pelo investigador sénior de comportamento Nick Fitz, e apresentado na American Psychological Association Conference, foi o de perceber qual era a forma mais positiva de receber notificações.

Desligar as notificações não funciona

A investigação decorreu durante duas semanas e dividiu os participantes em quatro grupos: uns utilizaram o telefone normalmente, outros receberam uma notificação de hora a hora, outros tinham o sistema de alertas completamente desligado e outros recebiam uma leva de notificações, três vezes por dia — às 9 horas, às 15 horas e às 21 horas.

Concluíram que não receber notificações aumenta os níveis de stresse e ansiedade, diminuindo a produtividade e aumentando a quantidade de vezes que consultamos o telemóvel. Os resultados foram semelhantes para aqueles que recebiam um alerta por hora.

“Desligá-las não funciona. Mas podemos receber notificações de uma forma mais inteligente”, disse Fitz citado pelo “Business Insider”. No entanto, de acordo com o mesmo investigador, "caso continuassem no registo de não as receber, os participantes poderiam ter-se habituado e ajustado a esta experiência.”

Aqueles que recebiam notificações três vezes por dia foram os que mostraram os melhores resultados: sentiam-se mais positivos e produtivos. Segundo Fitz, o ideal é existir um sistema que seja sensível a cada contexto, reconhecendo os momentos mais oportunos para ver os alertas. Isto funcionaria melhor ainda se o telefone estiver a par da localização, disponibilizando as notificações em três momentos chave. Exemplo: de manhã, nos transportes ou à chegada ao escritório; depois do almoço e ao final do dia.

São estas mesmas características que estão a ser desenvolvidas na aplicação que os investigadores pretendem lançar nas próximas semanas. Chama-se Daywise e pretende ser uma ferramenta que permite gerir de forma funcional e sensata a utilização do telemóvel, utilizando este mesmo método das notificações nas melhores alturas do dia, que poderá ser personalizado, consoante a rotina de cada utilizador. Se quiser experimentar, já pode subscrever no site para ter acesso VIP.

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