Em 1979 os Pink Floyd assumiam um tom crítico na canção "Mother", do álbum "The Wall", ao perguntar se deviam confiar no governo. 39 anos depois, e se estes dois universos se cruzassem, as mulheres de "The Handmaid's Tale" — subjugadas e usadas como escravas sexuais para combater a taxa de infertilidade que assola a região —, diriam que não. A série distópica da Hulu, que conta já com oito Emmys e dois Globos de Ouro, tem regresso marcado para 25 de abril.

A plataforma de streaming já disponibilizou o mais recente trailer da segunda temporada e estas são todas as novidades a que deve estar atento para o regresso do ano.

Há a possibilidade de existirem 10 temporadas

Bruce Miller, realizador da série, disse à revista "IndieWire" ter ideias muito bem construídas dentro da sua cabeça que lhe permitam estender "The Handmaid's Tale" até um total de dez temporadas sem nunca se desviar da obra literária.

"Há imensos elementos e vários mundos presentes no livro que gostaria de explorar", diz o realizador, acrescentando que entre o início do livro e os 200 anos de salto na história, há imensas possibilidades a explorar.

"Nunca nos afastaremos da obra original, mas aprofundaremos em maior detalhe tudo aquilo que a autora abordou muito brevemente", continua.

Offred continuará a ser o foco da série

"Todas as mudanças a que temos vindo a assistir em Offred não vão desaparecer", disse o realizador à revista "Entertainment Weekly", referindo-se à transformação da personagem principal que passou de escrava obediente ao símbolo da revolta e da resistência contra um sistema opressor.

Se a primeira temporada dá conta do processo de transformação, a segunda tratará de mostrar as consequências (físicas e psicológicas) da rebelião. O realizador avançou ainda que na segunda temporada, Offred será a figura chave no desenvolvimento de alguns acontecimentos em redor de Gilead, a região onde todas as mulheres vivem em clausura.

Tudo será pior para as mulheres de GIlead

Lembra-se de uma das cenas mais marcantes em que Ofglen, condenada pelo crime de traição de género, é castigada através da mutilação genital? Ou daquela cena em que as aias se juntam para agredir um violador até à morte? Segundo Elisabeth Moss, a atriz principal, em declarações à revista "The Pool", a segunda temporada será muito mais negra e desconfortável do que a primeira.

Na cerimónia de entrega dos Emmy em 2017, a atriz disse que "se arrepiou como nunca" após ter lido o guião da segunda temporada.

A mãe de Offred vai aparecer

Cherry Jones será a atriz convidada para interpretar Holly, a mãe de Offred. A plataforma de streaming descreve a personagem de Jones como uma "mulher feminista e muito protetora da filha". Desconhece-se, porém, se Holly aparecerá em flashbacks ou se fará parte da narrativa principal, com a possibilidade de se vir a cruzar com Offred em Gilead.

A segunda temporada terá também como ponto fundamental o tema da maternidade. A primeira temporada termina com a revelação de que Offred está grávida e o realizador diz que nos novos episódios será levantada a questão do que "significa ser uma boa mãe num universo totalmente distorcido e opressor."

Margaret Atwood estará envolvida

Com o desenvolvimento da história da personagem principal, a autora contou à revista "Entertainment Weekly" que o seu envolvimento na série terá como objetivo ajudar os produtores a desbravar mais e novas formas de explorar o universo que criou em 1984.

"Terei um papel mais preponderante na medida em que vamos explorar novos territórios onde a imaginação terá de ser um fator fundamental", continua.

Moira irá regressar

Poussey pode ter morrido em "Orange is the New Black", mas a atriz vai regressar para desempenhar o papel de Moira na segunda temporada de "The Handmaid's Tale". À revista "Vanity Fair", Bruce Miller diz que Samira Wiley será de importância vital para o desenrolar do enredo.

No final da primeira temporada, Moira reune-se com Luke — marido de June/Offred —, e é difícil prever qual o caminho que a série irá seguir. Há a possibilidade de Offred ser colocada num triângulo amoroso, dividida entre Luke, o marido, e Nick, o guarda por quem se apaixonou enquanto escrava.

É possível que se conheça a história de Lydia

Há planos para dar a conhecer o passado negro de Lydia, a mulher austera que ensina as mulheres de Gilead a subjugar-se à vontade da elite ditatorial do novo regime.

Ao jornal "The New York Times", o realizador dá série diz que Lydia "é uma das personagens mais fascinantes de toda a série e que tem muita vontade de explorar o seu passado."

Especula-se que, nesta nova temporada, sejam revelados alguns dos momentos que mostrem a chegada de Lydia ao cargo que desempenha nesta nova ordem social, e a forma como se relaciona com os restantes membros da organização.

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