Foi em janeiro de 2017 que a Netflix disponibilizou a primeira temporada das aventuras hediondas dos orfãos Baudelaire. Hediondo é uma palavra que aqui significa "extremamente horrível ou desagradável", e que facilmente descreve as peripécias das personagens principais que vão sendo perseguidas por um vilão sinistro e desprezível. Count Olaf (Neil Patrick Harris) tem como objetivo apoderar-se da fortuna dos três órfãos, e não olha a meios para tentar atingir os fins.

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A segunda temporada de "Uma Série de Desgraças" estreia esta sexta-feira, 30 de março, e a MAGG reuniu 7 curiosidades que provavelmente desconhecia sobre a série e a obra literária.

O autor literário nunca foi popular

Enquanto autor, Daniel Handler (que usa o pseudónimo Lemony Snicket) só conheceu o sucesso muito depois das 13 obras de "Uma Série de Desgraças" serem publicadas. No primeiro evento de apresentação da saga, apenas dois fãs estiveram presentes. Houve, porém, um grupo de pessoas que apareceu somente para mostrar o desagrado que tinham pelo seu trabalho e para satisfazer a curiosidade de saber quem era a cara por trás do nome Lemony Snicket.

Já agora, o pseudónimo surgiu de forma completamente espontânea. Durante a investigação para o seu primeiro romance, "The Basic Eight", o autor contactou uma organização religiosa ligada à Direita política. Quando um dos membros lhe perguntou pelo nome, Handler respondeu de imediato "Limony Snicket", por não querer que a organização guardasse os seus dados pessoais. Na série da Netflix, Daniel Handler dá voz ao narrador da história.

Há um videojogo da saga

Lançado em 2004, aproveitou o sucesso do filme e trouxe o universo dos Baudelaire ao mundo das consolas. No jogo, o utilizador controla um dos órfãos da história e tem a oportunidade única de enfrentar alguns dos vilões mais icónicos da saga. O jogo foi lançado para as consolas PlayStation 2, GameCube, Xbox e Game Boy Advance.

O autor foi despedido do seu próprio filme

O autor entregou oito guiões diferentes para o filme que viria a estrear em 2004, e que contava com Jim Carrey no papel principal. Todos os guiões foram recusados e Daniel Handler acabou mesmo por ceder os direitos da sua obra aos produtores do filme, sendo depois despedido da equipa de produção.

Para a série da Netflix, o autor não propôs nenhum material original — o que é compreensível, dada a quantidade de vezes que o fez e foi rejeitado.

Na série há referências a "Foi Assim que Aconteceu"

Neil Patrick Harris dá vida ao vilão Count Olaf, mas antes ficou conhecido pelo papel de Barney Stinson na série "Foi Assim que Aconteceu", que estreou pela primeira vez em 2005. No terceiro episódio da série da Netflix, assiste-se à dificuldade de Count Olaf em comer usando pauzinhos. Esta é uma das maiores dificuldades de Barney na sitcom da CBS, e uma clara alusão a um dos papéis mais importantes do ator.

O número 13 é um símbolo recorrente

Considere o seguinte: 13 livros com 13 capítulos cada. O nome original da saga — "A Series of Unfortunate Events" —, tem 26 letras que, ao dividir por dois, dá o número 13. A adaptação televisiva foi lançada a 13 de janeiro e, curiosamente (ou não), 13 anos depois do lançamento do filme, em 2004.

Em algumas culturas, o número 13 é associado ao azar, o que poderá assentar na temática mais pesada e desconcertante da comédia negra da Netflix.

O autor é acusado de comentários impróprios a outras autoras

Kate Messner, autora de contos infantis, contou à revista "Vulture" que em 2013 o autor a terá abordado no comboio com comentários indecentes. "Também és virgem?", terá gritado em frente aos restantes passageiros. Alegadamente, o autor terá ainda sugerido que no final de cada apresentação e discussão de obras literárias, teriam lugar várias orgias entre os oradores dos painéis de discussão.

A autora Roseanna Parry também partilha a mesma experiência e diz que em 2014 Handler terá supostamente tecido comentários impróprios. Quando confrontado com a indecência das suas ações, este terá saído do evento sem justificar ou pedir desculpa pelas suas atitudes.

Mas não se fica por aqui: a autora Allie Jane Bruce alega que num dos encontros que teve com o autor, este lhe terá dito que só tinha um testículo.

Estavam planeadas sequelas para o filme original

O filme foi recebido com boas críticas e chegaram mesmo a estar planeadas várias sequelas que abordassem a totalidade das obras. Contudo, um conflito na DreamWorks, a responsável pela produção dos filmes, impediu que as sequelas tivessem luz verde para avançar.

É muito provável que a série da Netflix não tivesse acontecido caso o plano original da DreamWorks se tivesse mantido, e as várias sequelas tivessem sido estreadas nos cinemas.

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