Tivemos a oportunidade de testar o novo modelo elétrico urbano da Electra, o Townie Go! 5i Step-Thru. Esta bicicleta com motor praticamente pedala por nós. Mas será uma boa opção para quem procura algo do género? Que vantagens identificámos? E os pontos menos positivos?

À primeira vista, é um veículo bonito e imponente. Tem um cesto incorporado onde cabe muita coisa, um travão de apoio para quando não está a ser utilizada e um manípulo com mudanças. Mas calma, não precisa de tirar uma carta de condução para andar nela.

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Ainda assim, talvez um livro de instruções possa dar jeito, de forma a conseguir maximizar o potencial, já que existem, por exemplo, vários modos de utilização (como o modo "eco" ou "tour"). Uma das grandes qualidades desta bicicleta é o quão fácil é de usar.

Por ser muito intuitiva, não se perde grande tempo a tentar perceber como funciona, embora fosse útil ter algum apoio para entender aspetos como a colocação certa das mudanças. Esta e-bike tem incorporado um motor XPTO, que faz com que, à mínima pedalada, já estejamos metros à frente.

Imagine-se numa subida dos infernos. Já sente as dores nos gémeos? Com a Townie Go! 5i Step-Thru, isso não acontece. A força que tem de aplicar é quase nenhuma. É mais impulso do que esforço, na verdade. E assume velocidades incríveis, tendo em conta que estamos a falar de uma bicicleta.

electra bicicleta
créditos: MAGG

Fizemos os doze quilómetros da nova ponte ciclopedonal que liga o Parque Tejo à Póvoa de Santa Iria (seis para cada lado) num instante. Circulámos em asfalto, na calçada, em piso arenoso, em ciclovias, em terreno plano, mais acidentado, subidas, descidas... Um pouco de tudo.

E a bicicleta teve uma performance à altura em cada um destes sítios. Outro dos pontos fortes deste modelo é a duração da bateria. Fizemos quilómetros e quilómetros e mesmo assim não chegámos a experimentar carregá-la, pois não foi necessário. O carregador assemelha-se ao de um computador em termos de dimensão e aspecto.

Dispõe de caraterísticas mais premium, como um visor que nos indica, a todo o momento, quantos quilómetros por hora estamos a percorrer, e uma tecnologia específica para os pedais, cujo intuito é o de os tornar mais confortáveis. Mas nem tudo é um mar de rosas.

Apesar de todas estas qualidades, os defeitos são consideráveis o suficiente para definir que não adquiriríamos a bicicleta. Referimo-nos ao peso e ao tamanho. As dimensões do veículo fazem com que não seja o modelo mais adequado para qualquer pessoa.

No nosso caso, que vivemos num apartamento com áreas modestas, a bicicleta ocupou, ao comprido, todo o hall de entrada. Não tendo garagem nem outro local onde a acondicionar de uma forma segura (e que a mantenha preservada), torna-se complicado armazená-la.

Mas este não é o maior problema. Os verdadeiros ciclistas certamente considerá-la-iam, se preciso, parte da mobília ou até uma peça decorativa. O peso é o grande deal-breaker. Se há coisa que esta bicicleta não é é leve. Nem poderia ser, com toda a tecnologia que comporta.

Vivemos num primeiro andar com elevador, mas ela não coube neste. Então, sempre que quisemos ir passear com ela, tivemos de a levar escada acima. Se a descer era caótico, a subir nem se fala, com pausas em cada lance e cãibras nos braços pela força necessária para a levantar.

Torna-se uma opção pouco recomendável, por exemplo, para quem viva sozinho (como é o nosso caso). Quando tivemos ajuda para a transportar, mesmo aí, foi complicado. Assim, embora seja um modelo urbano bastante adaptado ao que é a vida citadina e às necessidades de quem procura uma solução alternativa para o percurso casa-trabalho, tem os seus senãos.

Para alguém como nós, com pouca força de braços, é incomportável. E está em causa um primeiro andar. Talvez para alguém que resida numa moradia a questão do peso não fosse tão significativa. Ainda assim, teriam sempre de a carregar eventualmente, e isso, pelo que verificámos, não seria uma tarefa fácil.

Em suma, adorámos todos os minutos em que andámos na Townie Go! 5i Step-Thru, mas também odiámos aqueles em que a transportámos. Se fosse mais leve, tornava-se, na nossa ótica, uma excelente alternativa a um carro ou a uma mota (e muito menos dispendiosa ou poluente), bem como aos transportes públicos.

Estamos, no entanto, a falar de um investimento. Esta bicicleta está à venda online por 2139€, em cinco cores diferentes. O tom da que experimentámos é jade. Se quiser saber mais sobre as especificidades deste modelo, carregue aqui.