Érika de Souza, a mulher que levou um homem morto a um banco e tentou cometer fraude para conseguir um empréstimo em seu nome foi presa na terça-feira, 16 de abril, numa agência bancária do Itaú, na cidade do Rio de Janeiro, Brasil. A mulher, que alegadamente era sobrinha do homem que teria 68 anos, estaria a tentar conseguir um empréstimo de 17 mil reais (pouco mais de 3 mil euros). 

Um relatório divulgado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro na quarta-feira, dia 17, não confirmou se o homem já estava morto quando chegou ao banco, mas o motorista TVDE que transportou Érika de Souza e Paulo Braga, o cadáver, até um centro comercial perto da agência bancária, revelou que o homem ainda estava vivo durante a viagem no seu depoimento desta quinta-feira, 18, segundo o site brasileiro “UOL”.

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"Ele chegou a segurar na porta do carro", disse o motorista. O condutor revelou que Érika, de 43 anos, teve a ajuda de um rapaz para colocar Paulo Braga no carro à porta de casa, segurando o homem de 68 anos por um braço e o rapaz por outro, assim como a ajuda de uma das filhas para segurar nas pernas do homem.

O rapaz, no seu depoimento, revelou que o homem ainda estava vivo nessa altura. “Quando entrei na casa, Paulo estava deitado na cama. Peguei Paulo pelos braços com a ajuda de Erika, e o levei até dentro do carro. Consegui perceber que ele ainda respirava e tinha forças nas mãos”, explicou.

No relatório de quarta-feira, a Polícia Civil explicou que não existiam “elementos para confirmar do ponto de vista técnico e científico se o Sr. Paulo Roberto Braga faleceu no trajeto ou no interior da agência bancária, ou se foi levado já cadáver até à agência”, citado pela “Metrópoles”. Contudo, o depoimento do motorista descarta a hipótese de o homem já estar morto durante a viagem. 

Sabe-se também que uma pneumonia por aspiração e insuficiência cardíaca foram as causas da morte, e que um exame toxicológico deverá explicar se o homem foi envenenado antes de morrer, segundo o mesmo meio de comunicação social. 

Na terça-feira, 16 de abril, Érika chegou ao balcão de atendimento do banco em Itaú acompanhada por Paulo Braga, morto numa cadeira de rodas. Em frente aos funcionários, que gravaram o momento, a mulher chamou o homem de “tio”, e pediu-lhe que assinasse um documento. "Tio Paulo, está ouvindo? O senhor precisa assinar. Se o senhor não assinar, não tem como. Eu não posso assinar pelo senhor, tem que ser o senhor. O que eu posso fazer, eu faço", disse a mulher, no vídeo.

Uma das funcionárias do banco alertou Érika e explicou que o homem não parecia estar bem, mas esta desvalorizou, alegando que o homem era “assim mesmo". É nessa altura que a alegada sobrinha voltou a falar para o cadáver. "Se o senhor não ficar bem, vou-te levar para o hospital. O senhor quer ir pra UPA [Unidade de Pronto Atendimento] de novo?", disse.

Após esta interação, os funcionários do banco chamaram ajuda médica, dado que achavam que o homem estava com problemas de saúde. Foi confirmado que o idoso já estava morto quando chegaram e a mulher foi detida e levada para a esquadra para prestar esclarecimentos, e foi acusada por tentativa de furto mediante fraude e profanação de cadáver.