A Galp anunciou no domingo, 21 de abril, algo que pode, potencialmente, ajudar numa “descoberta comercial importante”: uma reserva de petróleo na Namíbia. Segundo o jornal “Correio da Manhã”, as descobertas foram feitas em dois poços, um que começou a ser explorado em janeiro e o outro em março, e os primeiros testes dão conta de uma capacidade comercial de 10 mil milhões de barris.

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No domingo, a empresa portuguesa no setor de energia enviou uma nota à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) a dar conta desta conclusão, continuando a assumir que “a produção de hidrocarbonetos” vai continuar “a ser um negócio de crescimento e geração de valor dentro do portfólio da Galp”, segundo o jornal “Público”. As ações da petrolífera, depois desta descoberta, deram um salto de 20,64% (19,35€), colocando a empresa a valer 14 959 milhões de euros (mais 2558 milhões do que valia na sexta-feira), segundo o CM.

Assim, a sociedade Amorim Energia, a maior acionista da Galp com uma participação de quase 40%, encaixou nos cofres familiares num dia um total de 915 milhões de euros. Maria Fernanda Amorim, de 88 anos e viúva do empresário Américo Amorim, é a líder da família e a única representante portuguesa na lista dos mais ricos do Mundo da revista “Forbes” na edição de 2024, e uma das filhas, Paula Amorim, é a presidente da Galp. 

No entanto, segundo a “Reuters”, citada pelo jornal “Observador”, a Galp, que detém 80% deste bloco descoberto, deverá ceder cerca de 40% a um parceiro, e já está à procura de um investidor. Apesar de não existirem confirmações, Filipe Silva, presidente executivo da empresa portuguesa, não descartou essa hipótese. “Não temos pressa, porque estamos agora focados em avaliar o potencial de exploração. Mas claramente precisamos de reduzir o risco que temos nas nossas mãos”, disse. 

Ainda assim, apesar da descoberta, o CM avança que esta em nada vai influir nos preços do combustível em Portugal, já que tanto a gasolina como o gasóleo são produtos refinados (transformados nas refinarias a partir do petróleo) e têm a sua própria cotação nos mercados internacionais. Além da Namíbia, em África, a Galp participa também num de exploração de gás natural na bacia de Rovuma, em Moçambique, e no Brasil.