José Castelo Branco, 61 anos, está mais uma vez envolvido numa polémica. Desta vez, o socialite português vai ser investigado pelo Ministério Público por alegada violência doméstica contra a mulher de 95 anos, Betty Grafstein, com quem é casado há 28 anos, que o acusou de violência física e psicológica.

Recentemente, José Castelo Branco também se desentendeu com um grupo num restaurante lisboeta, tendo a situação chegado a ser física, e foi acusado de xenofobia. Em 2019, foi detido no aeroporto de Lisboa por tentar roubar um perfume do estabelecimento. Recorde as oito maiores polémicas do rei do jet set.

1. Betty Grafstein acusou-o de violência doméstica

Betty encontra-se internada numa unidade hospitalar desde o dia 20 de abril, depois de sofrer uma queda. Aos profissionais de saúde, revelou que terá sido empurrada pelo marido, José Castelo Branco, e que o “comportamento abusivo – físico e psicológico – é recorrente”, segundo o “Expresso”.

Betty Grafstein denuncia José Castelo Branco por violência doméstica. Ministério Público vai investigar
Betty Grafstein denuncia José Castelo Branco por violência doméstica. Ministério Público vai investigar
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Betty ficou com uma “ferida traumática” no antebraço esquerdo e uma “fratura no fémur direito”. Como a violência doméstica é um crime público, o hospital apresentou queixa ao Ministério Público, que irá investigar o socialite português.

No dia 20 de abril, data em que terá ocorrido a alegada agressão, José Castelo Branco publicou um vídeo nas redes sociais onde é possível ver uma ambulância do INEM e onde revela que “a Betty teve um pequeno acidente no quarto”.

2. Desentendeu-se com grupo em restaurante e foi acusado de xenofobia e agressão

Recentemente, José Castelo Branco foi jantar ao restaurante Põe-te na Bicha, no Bairro Alto, em Lisboa, e desentendeu-se com um grupo que estava numa outra mesa. Depois de terminar a refeição, o socialite português acendeu um cigarro – algo proibido no estabelecimento – e os jovens pediram para que este o apagasse, já que havia “uma grávida na mesa”.

Gonçalo Costa, um criador de conteúdos que gravou e publicou nas redes sociais o desentendimento, relatou que José Castelo Branco, “dando uma de diva”, não respeitou o pedido e começou a chamar “índios, deslocados, a falar da terra dos jovens porque eles são da América Latina”. Depois disto, a discussão escalou.

“Afirmando que é figura pública e que eles eram uns zé ninguém, um rapaz perguntou ao Zé: 'mas quem és tu?'. E o José foi apertar o pescoço ao rapaz”, contou Gonçalo Costa no vídeo que acabou por viralizar. O socialite acabou por pedir desculpas publicamente, dizendo que não aguentou a “provocação”.

“Como é que eu posso ser? Se tenho sangue da África, tenho sangue da Índia, tenho sangue da Europa. (...) Ponto número dois: eu não aguentei quando ouvi dizer que eu era um socialite de Nova Iorque, que era casado com uma velha. Com uma velha milionária” disse José Castelo Branco, acrescentando que “com a Betty no estado em que está”, foi-lhe “quase impossível” controlar-se.

3. Foi detido por tentar roubar perfume no aeroporto de Lisboa

Em dezembro de 2019, José Castelo Branco foi detido por suspeitas de ter tentado roubar um perfume de uma loja do Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa. No dia seguinte, foi ao Tribunal de Primeira Instância Criminal de Lisboa, no Campus da Justiça, e à saída afirmou que “não aconteceu nada”.

“Não houve diligência, não foi ouvido, não há nada. O julgamento não foi feito. Não tem de pagar nada. (...) Por ser suspeito de algo, não está comprovado se fez ou não. Nós levantamos uma questão de direito. Ainda não há despacho de acusação”, disse Alexandra Remédios, advogada do socialite, aos jornalistas na altura.

José Castelo Branco terá sido denunciado por uma das empregadas da loja, que formalizou uma queixa contra o socialite, segundo o “Observador”. Posteriormente, foi abordado pela PSP e impedido de embarcar num voo para Nova Iorque, tendo sido levado para a esquadra da PSP do aeroporto. Nas redes sociais, o socialite negou as acusações e garantiu que estava apenas a experimentar um perfume quando foi dado o alerta da alegada tentativa de furto.

4. Viu-se envolvido em polémica sobre violação

José Castelo Branco tem por hábito fazer diretos no seu Instagram e, em 2021, algumas das suas declarações foram alvo de polémica, já que afirma que as vítimas de violação “provocam” a agressão sexual. Numa conversa com alguns convidados, um deles afirma que “a maior parte das violações em Portugal, com crianças a partir dos 13/14 anos, são a maior parte delas provocadas pelas próprias miúdas”. Ao ouvir isto, o socialite acrescentou “miúdas e miúdos”.

“Quando uma bicha quer, a bicha faz. Eu sei por mim. Quando uma bicha quer, tenha 13, tenha 14 anos, se ela gostar da fruta, ela ataca a fruta. E vão dizer que os outros são pedófilos?”, disse José Castelo Branco, que foi alvo de bastantes críticas.

Como tal, acabou por pedir desculpas publicamente. “As minhas sinceras desculpas. É importante ficar claro que a violência sexual e violação são crimes de culpa única do agressor, não importa o lugar, hora, vestuário ou idade da vítima”, declarou.

5. Foi acusado de agressão pelo relações públicas Daniel Martins

Numa festa que se seguiu à gala dos Globos de Ouro em 2011, no Kais, em Lisboa, houve um confronto entre José Castelo Branco e o relações públicas Daniel Martins que acabou em agressões físicas e insultos, tendo o segundo acusado o socialite de lhe ter dado uma “cabeçada”.

“Cheguei ao pé dele e perguntei-lhe como é que ele tinha coragem de sorrir para mim quando pôs a minha mãe numa cadeira de rodas”, explicou José Castelo Branco ao “Diário de Notícias”. “Então decidi empurrá-lo com o nariz. A seguir, faço-lhe um gesto com a cabeça. Ele sentou-se, porque é cobarde. Eu posso usar saltos, mas tenho dignidade. Apanho o touro pela frente, não apanho de cernelha”, continuou.

José Castelo Branco foi condenado a nove meses de prisão efetiva com pena suspensa, tendo sido proibido durante um ano de mencionar o nome de Daniel Martins e de o contactar por qualquer meio. Além disso, ainda teve de pagar ao relações públicas uma indemnização de 1.000€, segundo a “Nova Gente”.

A relação entre os dois já era conturbada desde 2009, altura em que Daniel Martins alegou que José castelo Branco lhe devia dinheiro devido a um investimento feiro no seu primeiro single.

6. Foi condenado por agressão a empreiteiro

Em 2014, o socialite foi condenado pelo Tribunal de Sintra a cumprir 90 horas de trabalho comunitário, devido a um processo de 2005 por agressões físicas e verbais a um empreiteiro que contratou para fazer obras na sua casa em Sintra. José Castelo Branco nega a agressão e acusa-o de ter ficado com 20 mil euros por obras que não realizou.

Segundo a figura pública de 61 anos, o empreiteiro também foi condenado a pagar-lhe 26 mil euros e, como tal, acusou-o de “lhe ter batido com a chibata”. O homem teria “mais de 200 quilos e quase dois metros” e, por isso, José Castelo Branco sublinhou que não o conseguiria agredir, segundo o “Correio da Manhã”.

O socialite considerou que foi alvo de uma injustiça, já que o empreiteiro ficou a dever-lhe dinheiro e ele é que foi condenado a cumprir trabalho comunitário. Contudo, disse que o faria “com muito prazer”.

7. Acusou o empresário Paulo Pereira da Cruz de conduzir alcoolizado no dia do acidente em que Maria das Dores perdeu um braço

José Castelo Branco, numa entrevista à “Lux”, mostrou-se solidário com Maria das Dores – que foi condenada a 23 anos de prisão por ter encomendado a morte do marido, o empresário Paulo Pereira da Cruz, segundo o “Público” – e acusou a vítima de conduzir alcoolizada no acidente em que a mulher viria a perder um braço. “Perdeu o braço num acidente muito grave. Como diz o ditado: se conduzir, não beba. E o Paulo tinha bebido bastante”, afirmou.

Esta declaração polémica levou-o a ser condenado pelo Tribunal de Primeira Instância, tendo de pagar 1.500€ ao tribunal e 5.000€ à família do empresário, caso não quisesse passar 100 dias na prisão, segundo a “Vidas”. O socialite ainda recorreu ao Tribunal da Relação e ao Tribunal Constitucional, mas estava tomada a decisão.

Maria das Dores, em 2007, mandou matar o marido por 150 mil euros, que foi assassinado à martelada num apartamento de Lisboa – para o qual foi atraído pela mulher – pelo motorista e por um amigo do mesmo. Os motivos para o crime foram ciúmes e insegurança, dado que acreditava que o marido lhe mentia sobre o tempo em que estava fora de casa, além da baixa autoestima por ter perdido parte do braço no acidente de viação. 16 anos depois, saiu em liberdade.

No livro “Eu, Maria das Dores, me Confesso”, lançado em setembro de 2019, Maria das Dores confessa que mandou matar o marido e acusou José Castelo Branco, que foi a primeira pessoa que a visitou na prisão, de o ter feito apenas para lhe tirar uma fotografia e vendê-la. “Infelizmente, pouco tempo depois, acabei por perceber o interesse dele em visitar-me, quando a fotografia que pediu para me tirar apareceu publicada na imprensa”, relata no livro.

Na altura, José Castelo Branco desmentiu a acusação à MAGG. “Eu não a visitei para lhe tirar uma foto, eu fiz-lhe uma entrevista, a que ela respondeu por escrito, e assinou por baixo. No final, o guarda, que estava presente, tirou-nos uma fotografia”, disse, garantindo que não recebeu “nem 1€” pela fotografia.

8. Foi testemunha num caso de violência doméstica que envolvia as alegadas orgias em que terá participado

Em 2011, José Castelo Branco foi testemunha num caso de violência doméstica que envolvia as alegadas orgias em que terá participado, tal como avançou o “Expresso”. João Liberal Ferreira, empresário e antigo piloto de ralis, era arguido e estava acusado de crimes de violência doméstica e de obrigar a mulher a participar nas orgias sob ameaça de arma.

O socialite foi chamado a testemunhar no Tribunal de Famalicão e, perante os juízes, disse não se recordar do que aconteceu. Contudo, depois de visualizar um vídeo existente, não negou ter participado nas orgias, mas afirmou que acreditava ter sido drogado e manipulado.

“Podem falar das orgias à vontade que aquilo foi tudo um horror, toda a gente sabe que aquilo foi tudo fake [“falso”, em português], que estava drogadíssimo por aquela gente nojenta, horrenda, nem me quero lembrar”, disse José Castelo Branco numa entrevista a Manuel Luís Goucha, na TVI, em 2019.